Quanto Tempo Para Prescrever Uma Dívida 2023?

quanto tempo para prescrever uma dívida
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O tempo para prescrever uma dívida é uma das questões mais debatidas e pesquisadas no mundo jurídico e financeiro, principalmente quando um novo ano se inicia.

À medida que 2023 se desenrola, muitos devedores e credores buscam entender os prazos atuais relacionados à prescrição de débitos.

Nesse cenário, é fundamental ter informações precisas, pois a prescrição pode impactar tanto quem deve quanto quem tem o direito de cobrar.

Você sabe qual é o prazo em 2023? Preparamos um guia completo e atualizado para desmistificar essa temática, ajudando você a entender quando uma dívida pode ou não ser cobrada.

Se você quer ficar por dentro e garantir que seus direitos e obrigações estejam claros, continue a leitura e descubra todos os detalhes sobre a prescrição de dívidas neste ano.

O significa dívida prescrita?

Uma dívida prescrita refere-se a uma obrigação financeira que, devido ao decurso do tempo estabelecido por lei, não pode mais ser cobrada judicialmente pelo credor.

Em outras palavras, após um certo período de tempo, caso o credor não tenha acionado o devedor para cobrar uma dívida específica, ele perde o direito de ajuizar uma ação para recuperar esse valor.

No entanto, é importante distinguir a prescrição da decadência.

Enquanto a prescrição está relacionada ao direito de ação (o direito de cobrar a dívida em juízo), a decadência refere-se ao próprio direito em si, que deixa de existir após um determinado período.

Embora a dívida esteja prescrita e o credor não possa mais recorrer ao Judiciário para cobrá-la, a obrigação financeira não desaparece por completo.

A dívida continua existindo e pode ser cobrada extrajudicialmente, mas o devedor não tem mais a obrigação legal de pagá-la devido à prescrição.

Quanto tempo para prescrever uma dívida?

O tempo para uma dívida prescrever depende da sua natureza, conforme estipulado pelo Código Civil.

Segundo o art. 205, em geral, a prescrição ocorre em dez anos, exceto quando a lei determina um prazo menor. O art. 206 detalha esses prazos específicos:

  • Prescreve em um ano:
    • Dívidas de hospedagem ou alimentos em estabelecimentos.
    • Algumas pretensões entre segurado e segurador.
    • Cobranças de emolumentos, custas e honorários de tabeliães, auxiliares da justiça, entre outros.
    • Pretensões contra peritos para avaliação de bens de sociedades anônimas.
    • Cobrança contra sócios ou acionistas de sociedades em liquidação.
  • Prescreve em dois anos:
    • Dívidas de prestações alimentares vencidas.
  • Prescreve em três anos:
    • Dívidas de aluguéis de prédios.
    • Prestações de rendas temporárias ou vitalícias vencidas.
    • Cobranças de juros, dividendos ou outras prestações acessórias.
    • Pretensões de reparação civil, enriquecimento sem causa, entre outras.
  • Prescreve em quatro anos:
    • Pretensões relacionadas à tutela após aprovação das contas.
  • Prescreve em cinco anos:
    • Cobranças de dívidas líquidas documentadas.
    • Honorários de profissionais liberais, procuradores judiciais, curadores e professores.
    • Pretensão do vencedor em juízo para reaver despesas do processo.

Esses prazos garantem um equilíbrio entre o direito de cobrança do credor e a segurança jurídica do devedor.

Aliás, conhecer esse tempo é essencial para ambas as partes envolvidas em qualquer negociação ou contrato.

O que interrompe a prescrição de uma dívida?

A prescrição de uma dívida pode ser interrompida por diversas razões, conforme estipulado pelo Código Civil.

A prescrição de uma dívida é interrompida quando:

  • Há uma ordem judicial solicitando a citação do devedor.
  • Ocorre um protesto cambial.
  • Um título de crédito é apresentado em juízo, seja em um processo de inventário ou de concorrência de credores.
  • Alguma ação judicial coloca o devedor em mora.
  • O devedor reconhece, por qualquer ato, a existência da dívida.

Após essa interrupção, é crucial saber que a contagem da prescrição começa novamente desde a data do ato que a interrompeu.

Ainda, qualquer pessoa com interesse pode agir para interromper a prescrição.

No entanto, a ação de um credor específico não necessariamente beneficia outros credores.

Uma exceção a isso é quando se trata de credores solidários, onde a interrupção realizada por um afeta todos os outros.

E se essa interrupção ocorre contra um devedor principal, o fiador também é afetado.

A legislação possui outras nuances, especialmente quando se considera herdeiros e co-devedores.

No entanto, o essencial é entender que diversas ações podem pausar o relógio da prescrição, reiniciando sua contagem.

Enfim, em qualquer situação, é sempre aconselhável buscar orientação de um advogado para o caso em questão.

É possível cobrar dívida prescrita?

Sim, é possível cobrar uma dívida prescrita extrajudicialmente, embora o direito de ação para cobrá-la na Justiça tenha se esgotado.

A prescrição refere-se ao fim do prazo que o credor tem para exigir a dívida judicialmente.

No entanto, a dívida ainda existe e pode ser cobrada por meios extrajudiciais, como negociações diretas.

Contudo, o credor não deve usar métodos abusivos ou ameaçar falsamente levar o caso ao tribunal.

Se o devedor reconhecer a dívida e comprometer-se a pagá-la, a prescrição pode ser interrompida.

Por fim, devedores devem estar cientes de seus direitos para evitar injustiças e possíveis danos morais.

Conclusão

Em suma, conhecer os prazos de prescrição de dívidas é fundamental para se proteger contra cobranças indevidas e manter a saúde financeira em dia.

No cenário atual de 2023, é vital estar atualizado e consciente de seus direitos e responsabilidades.

Lembre-se: a prescrição não apaga a dívida, mas sim o direito de cobrá-la judicialmente.

Por isso, sempre tenha transparência nas suas relações financeiras e, em caso de dúvida, busque orientação de um advogado.

Afinal, estar informado é a melhor maneira de se proteger e tomar decisões assertivas.

No mundo em constante mudança, estar à frente e informado sobre as regras do jogo pode fazer toda a diferença em suas finanças. Não se deixe surpreender!

Enfim, que bom que você chegou até o final! Você tem alguma dúvida sobre o tema? Escreva aqui nos comentários que nós te ajudaremos.

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Graduado em Direito e Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito Tributário, Direito Administrativo, Direito Constitucional e Direito Processual Civil.